to content

Aljustrel

Subscrever newsletter geral@mun-aljustrel.pt (+351) 284-600-070
redes sociais redes sociais redes sociais
Geologia
Geologia
Gráfico

A geologia de Aljustrel é caracterizada por um soco paleozóico da Zona Sul Portuguesa representado pela Formação de Mértola com cerca de 340 a 330 milhões de anos e por um Complexo Vulcano-Sedimentar da Faixa Piritosa Ibérica com cerca de 352 a 330 Milhões de anos. 

As rochas do soco evidenciam uma orientação NW-SE e apresentam um forte controle estrutural manifestado por cavalgamentos vergentes para SW e por falhas tardias de orientação N-S e NE-SW. Estes sistemas são representados respectivamente pelos desligamentos subverticais de movimentação direita de Azinhal, Feitais, Represa e Castelo e pela falha da Messejana, de componente normal esquerda. A NW da falha da Messejana o soco Paleozóico encontra-se coberto por sedimentos da Bacia Terciária do Sado, representados por areias, argilas, conglomerados e carbonatos. 

 

Unidades geológicas do soco varisco:

Grupo do Flysch do Baixo Alentejo:

· Formação de Mértola (Viseano Sup.) -- turbiditos; grauvaques, siltitos, xistos e conglomerados.

· Faixa Piritosa Ibérica 

 

Complexo Vulcano-Sedimentar (Fameniano Sup.-Viseano Inf.)

- Formação do Paraíso: xistos argilosos, x. siliciosos, x. negros, x. borra-de-vinho, jaspes, chertes, rochas vulcanoclásticas, mineralizações de óxidos de Fe e Mn.

- Sequência vulcânica: (Vulcanito Felsítico / Vulcanito da Mina, Vulcanito Verde / Vulcanito Megacristais) – metavulcanitos ácidos e intermédio-ácidos porfiríticos localmente com forte alteração sericítica, felsófiros, lavas, brechas vulcanoclásticas, sulfuretos maciços.

- Xistos negros de S. João: xistos negros, brechas vulcanoclásticas. 

A mina de Aljustrel localiza-se na Faixa Piritosa Ibérica (FPI), mundialmente reconhecida pela sua riqueza em jazigos de sulfuretos maciços vulcanogénicos, vulgarmente conhecidos por pirites. Esta província metalogenética forma um arco com uma extensão de 250 km de comprimento e 30 a 60 km de largura, que abrange parte do Alentejo, do Algarve e da Andaluzia. No centro mineiro de Aljustrel conhecem-se reservas superiores a 250 milhões de toneladas de pirite, o que faz desta mina uma das maiores da FPI, a par de Neves-Corvo (mina em actividade localizada próximo de Almodôvar / Castro Verde), e de Rio Tinto, Los Frailes-Aznalcollar, Tharsis, La Zarza e Sotiel-Migollas (áreas mineiras actualmente abandonadas e situadas em Espanha). 

Os jazigos de sulfuretos da FPI encontram-se associados a uma formação geológica constituída por rochas vulcânicas e sedimentares (Complexo Vulcano-Sedimentar), formada na era Paleozóica há cerca de 352 a 330 Milhões de anos. A sua génese está relacionada com a circulação de fluidos hidrotermais (água do mar modificada e fluidos magmáticos) entre as rochas, as quais sofreram por isso intensos processos físico-químicos de lixiviação e troca iónica. Nos locais de descarga destes fluidos formam-se, em ambiente marinho, massas de sulfuretos ricas em ferro, cobre, zinco, chumbo, prata e ouro. 

A área mineira de Aljustrel contempla seis massas de pirite dispostas ao longo de uma estrutura do Complexo Vulcano-Sedimentar com cerca de 6km. Os jazigos encontram-se distribuídos por dois alinhamentos principais distribuindo-se da seguinte forma de SE para NW: 

- Antiforma de Feitais: massas de Feitais (54Mt) e Estação (>20Mt).

- Antiforma SW: massas de Algares, Moinho (44Mt), S. João (45Mt) e Gavião (25Mt).

(1Mt = 1 Milhão de toneladas de pirite maciça) 

As massas de Algares e S. João são aflorantes (Chapéu de Ferro) e foram intensamente exploradas quer em profundidade, quer a céu aberto, em cortas pouco profundas. Durante a época romana de exploração foi edificado o povoado de Vipasca, localizado junto ao Chapéu de Ferro de Algares e desenvolvidos trabalhos mineiros até cerca de 100m de profundidade. 

O jazigo do Moinho foi explorado pela companhia Pirites Alentejanas para cobre até 1993, produzindo-se então cerca de 1,2Mt/ano de concentrado.

back-page
Página Anterior